sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Nós temos o costume de pensar que o valor e a capacidade de uma pessoa é equivalente ao julgamento de valor de valia de uma pessoa. Mas toda a autoestima que é resultado dessa identificação é como um castelo de areia que pode se destruir a qualquer momento com a chegada de um onda ou um vento mais forte. Caso sua próxima ação é julgada como equivocada, estúpida ou incompetente, a pessoa pode chegar a se considerar “pouco digna”.
Se conseguirmos uma aceitação incondicional do Self fundamental, o valor de uma pessoa é indiscutível.  O indivíduo e seus padrões de comportamento aprendidos e praticados ou crenças não são a mesma coisa. Toda e qualquer pessoa é falível e propensa a cometer “erros”, pois é a única maneira de aprender com a experiência.
Quem de nós já não se sentiu vulnerável, inseguro e “obrigado” a responder às expectativas de alguém, de alguma situação ou estereotipo? Quem de nós já não sentiu a necessidade de ser aprovado, necessidade de fazer parte, necessidade de ser aceito e com isso passa a assumir uma postura, um pensamento, uma forma de ser “adequada” aos valores de outros?
A auto aceitação incondicional é uma forma mais realista e consciente de respeito a nós mesmos, enquanto que a autoestima está mais baseada na aprovação dos “outros”. Considerar a essência de uma pessoa como “inaceitável” é insistir que esse alguém deve ou deveria ser diferente da forma que realmente é e isso é essencialmente irracional.
Veja a seguir algumas crenças que são colocadas em nós desde pequenos e que acreditamos com verdades absolutas. Essas crenças e outras mais nos limitam e colaboram para o nosso mal estar, doenças e neuroses.
- É vital que a pessoa seja amada e aprovada por todos que a conhecem. Essa é uma meta inalcançável e quando a pessoa se esforça para isso, é mais insegura e infeliz. Melhor é não se sacrificar nos próprios interesses e desejos com a intenção de ser admirado, mas sim esforçar-se para expressá-los com criatividade e espontaneidade.


- A pessoa deve ser perfeitamente competente, adequada e com conquistas que valham a pena. Outra meta inalcançável que conduz a pessoa a esforçar-se compulsivamente por resultados porque mantem o medo do fracasso que a paralisa na tentativa de qualquer coisa nova.  Melhor se esforçar para sentir-se plenamente vivo, fazer bem as coisas para o seu próprio bem estar em lugar de fazer melhor que os outros, desfrutar das atividades em lugar de ficar focado nos resultados e manter-se atento em aprender em lugar de buscar a perfeição.


- As pessoas que fazem mal, devem ser más.  Os atos “maus” são resultado de ignorância ou desequilíbrio emocional e todos os seres humanos somos falíveis e cometemos “erros”. Culpar e castigar não faz com que a pessoa seja menos ignorante, esteja mais bem informada ou tenha um comportamento menos neurótico. Melhor aceitar nossos “erros” e tentar entender o que causou esse comportamento; não deixar que isso se converta em uma catástrofe. Entendido e aceito o ocorrido, buscar a forma de fazer melhor da próxima vez. Quem de nós nunca cometeu um “erro” e depois fez melhor? Isso significa que somos maus?


- Não posso aceitar que as coisas não sejam da forma como eu quero que sejam. Essa é a síndrome da criança mimada. Se o pneu do carro fura, já começa o drama. O resultado disso é uma intensa irritação e estresse. Porque não evitar o exagero das situações desagradáveis e trabalharmos para melhorá-las ou aceita-las caso não possamos melhorá-las?


- A infelicidade é causada por circunstâncias externas. É comum enxergarmos    que alguém pouco amável, alguém que nos rejeita ou nos incomoda seja a causa da nossa infelicidade. Atribuir nossa infelicidade aos acontecimentos é uma forma de evitar a realidade. Na prática, a infelicidade se produz pela forma como interpretamos os acontecimentos. Você tem um controle muito limitado sobre os outros, mas é capaz de um controle enorme sobre suas avaliações emocionais. Muita gente acredita que não tem esse controle e que estão indefesos, mas na verdade, nós podemos controlar a forma como interpretamos e respondemos emocionalmente a cada acontecimento de nossa vida.


- Tudo o que é desconhecido ou incerto, é motivo de preocupação. O medo e a ansiedade nos mostram incerteza e acabamos imaginando um cenário de catástrofe e nos dificulta ver soluções ou caminhos sem que o fato nos pareça uma ameaça. Preste atenção a tudo de desconhecido ou incerto que vc já viveu até hoje. Se olharmos para o desconhecido e lhe damos a oportunidade de se mostrar, pode chegar a ser algo muito interessante e inclusive muito bom. Com relação à incerteza, você sabe o que vai acontecer dentro de 5 minutos? Como os próximos 5 minutos é incerto, vc vai deixar de viver por isso? A própria vida é incerta... nunca sabemos nada... permita-se viver simplesmente... sem medo.


- É mais fácil evitar as dificuldade da vida do que enfrenta-las. Evitar, esconder, adiar, são muito mais difíceis do que simplesmente enfrentar e resolver. Além disso, também nos conduz à falta de confiança em nós mesmos e o gasto de energia para evitar é muito maior do que para resolver. As dificuldades aparecem para ajudar-nos a sermos melhores, a crescermos, amadurecermos, entender melhor as coisas, ampliar nossa percepção dos fatos da vida. Enfrentar, é colocar-se frente à aquilo que incomoda... olhar de frente e aprender, perceber, decidir. Isso nos dá poder interior e confiança em nossos talentos.


- Necessito alguém mais forte que eu para confiar. A dependência gera perda de individualidade e de nossa livre expressão. Essa atitude conduz à insegurança, pois vc ficará à mercê dos valores, crenças e caprichos do outro. Você não precisa se negar a pedir ajuda e aceita-la quando isso se faz necessário, mas pode lutar por sua independência e assumir a responsabilidade por suas escolhas, reconhecendo os riscos. Você é forte o suficiente para você mesmo e até para ajudar a outras pessoas. Confie!


Em regra geral, nós não paramos para nos observar, não reconhecemos nosso verdadeiro sentir na vida cotidiana.

Passe um tempinho com você mesmo... se olhando e se vendo... se permitindo...
Estou preparando uma meditação guiada para você... em uma próxima postagem eu colocarei o áudio da meditação para você aqui em uma nova postagem falando um pouquinho mais sobre a auto consciência. 
Gratidão pela companhia!

Um grande beijo de muita luz no seu coração!

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