terça-feira, 23 de abril de 2013

Os Sabores e Nossas Emoções



Conforme costumes ancestrais e milenares chineses, a comida sempre esteve ligada ao bem estar espiritual e corporal. Também as cores tem sua importância na composição dos pratos combinando de três a cinco cores que são: o verde, o amarelo, o preto, o vermelho e o branco. Também são cuidados os aromas e os sabores de cada alimento. 

Tanto na medicina tradicional chinesa como na medicina indiana (ayurveda), não são considerados os conceitos de proteína, hidratos de carbono, gorduras; eles dão prioridade ao SABOR dos alimentos (doce, salgado, ácido, amargo ou picante) e sua ENERGIA (frio, morno, quente).

Um alimento pode possuir um ou vários sabores. O sabor é um componente Yin, substancial e nutriente. Segundo a lei dos cinco movimentos, cada sabor tem uma afinidade com um movimento de energia e dinamiza seu campo de ação. No entanto, quando um sabor é consumido em excesso (ou se falta na dieta), prejudica o equilíbrio interno do organismo. Por isso é importante calibrar os cinco sabores na nossa alimentação. 

O estômago, o baço e a saliva separam a comida e a distribuem aos órgãos e meridianos de acordo com o gosto e cor. Cada cor e sabor proporciona energia a seu próprio grupo de órgãos. Cada órgão aceita somente a energia que a natureza desenhou para ele.

O fígado e a vesícula biliar gostam da comida verde e ácida. Esta comida nutre os nervos e dá mais poder de decisão. O excesso de ácido pode nos predispor a discussões porque aumenta a energia do fígado e contrai os tendões.  O sabor ácido retem tudo o que poderia escapar ( suor, urina, líquidos, diarreia  esperma...). Exemplos de alimentos ácidos: limão, tomate, vinagre, etc. 

O coração e o intestino delgado gostam dos sabores amargos e da comida vermelha. Esta comida alimenta o coração e os vasos sanguíneos. Predispõe à alegria. Excesso de amargo nos leva à alegria imprópria e debilita os ossos.  O sabor amargo resseca, endurece, purga, drena e seu movimento é descendente. Exemplos de alimentos amargos : chá, aspargo, ápio, café, etc. 

O baço, pâncreas e estômago gostam da comida doce que alimenta os músculos. Isto não significa que tenhamos que colocar açúcar ou adoçantes, mas significa falarmos dos alimentos doces em seu estado natural como o arroz, os láteos, as massas, etc. A comida doce predispõe à reflexão. Excesso de doce nos leva à obsessão, desequilibra o baço/pâncreas, obstrui os músculos. O sabor doce tonifica, é antiespasmódico, reconstitui, harmoniza e atenua a toxicidade. Exemplos de alimentos doces: cenoura  pera, batata, etc. 

Os pulmões e o intestino grosso gostam de comida picante e de cores claras. Esta comida alimenta a pele. Excesso de picante nos leva à melancolia, ao desequilíbrio do sistema energético do corpo. O sabor picante dispersa, faz suar, faz circular a energia Ki e o sangue. Exemplos de alimentos picantes: alho, pimentão, gengibre, rabanete. 

Os rins e a bexiga gostam de comidas de cores escuras e salgadas. Esta comida alimenta os ossos. Isto não significa colocar sal, mas sim aos alimentos salgados em seu estado natural como certos queijos, peixes, etc. O excesso do salgado nos predispõe ao medo e a insegurança e faz com que o sangue se torne mais espesso. O sabor salgado amacia, flexibiliza, umidifica e evacua. Exemplos de aço,emtps salgados: carne de porco, algas, caranguejo. 






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