Há 15 anos eu conheci uma pessoa extremamente especial, sábia, doce e que me ensinou muitas coisas apra eu chegar a ser o que eu sou hoje. Seu nome era Jaime Puig y Pons, um espanhol maravilhoso que morava em Montréal, no Canadá e que foi meu namorado durante intensos 1 ano e meio. Depois desse ano e meio Cheio de muito aprendizado e muito amor, ele morreu de câncer. Eu guardo esse homem no mais profundo do meu ser e sempre vou me lembrar de tudo o que ele me ensinou. Uma das lições que ele me deu na vida foi essa história. Espero que para vc também sirva como lição de vida. Como vc anda enxergando a sua vida???
Dois homens, ambos gravemente
doentes estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se
na sua cama
durante uma hora, todas as tardes,
para que os fluidos circulassem em seus pulmões. A sua cama estava
junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar
sempre deitado, de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam
das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde
tinham passado as férias... E nas tardes, quando o homem da cama perto da
janela se sentava, ele passava o tempo a descrever a seu companheiro
de quarto, as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela. O
homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma
hora, em que seu mundo era animado por toda a atividade e cor do
mundo do lado de fora da janela, que dava para um parque com um lindo
lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças
brincavam com seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de
braços dados por entre as flores de todas as cores do
arco- íris. Árvores velhas e enormes
acariciavam a paisagem, e uma tênue vista da silhueta da cidade podia
ser vista no horizonte. Enquanto o homem perto da janela descrevia tudo
isto com extraordinário por menor, o homem no outro lado do quarto
fechava os seus olhos e imaginava as pitorescas cenas. Um dia, o
homem perto da janela descreveu um desfile que ia passar. Embora o outro
homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na
sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de suas vivas
palavras. Dias e semanas se passaram. Numa manhã, a enfermeira chegou ao
quarto trazendo água para seus banhos e encontrou o corpo sem vida do
homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto
dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital
para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem
perguntou se
podia ser colocado na cama perto da
janela. A enfermeira disse que sim e providenciou a troca. Depois de
se certificar que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o
quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no
cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e
lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para
uma parede de tijolo! O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com
que seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão
maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem
era cego e nem sequer conseguia ver a parede. “ Talvez ele quisesse
apenas dar-lhe coragem...”
Moral da história: há uma felicidade tremenda
em fazer os outro felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A
dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada,
é dobrada. Depois de tudo, percebi que a beleza não está nos olhos de
quem vê, mas no coração de quem sente... E como dizia o
filósofo: “Os olhos são as portas do coração.”
Beijos de luz intensa para vc!
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